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Pesquisa Vox: diretor de jornal avalia que juíza 'pode' ter sido induzida ao erro
Por Hipernotícias
21/07/2014 - 16:19

Foto: Hipernotícias
A pesquisa realizada pela Vox Populi que revela as intenções de votos dos mato-grossenses para os candidatos ao governo do Estado e ao Senado, considerada ilegal pela Justiça Eleitoral e que também proibiu a divulgação dos resultados em 11 veículos de comunicação, divide opiniões entre os empresários e diretores de órgãos de comunicação, que foram proibidos de continuar a divulgação dos números.

Encomendada pelo jornal "Diário de Cuiabá" e divulgada na edição de sábado (19), a pesquisa foi vetada pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, do Tribunal Regional Eleitoral. O estudo da Vox Populi apontava para uma extensa vantagem do candidato ao governo, senador Pedro Taques (PDT), sob os seus adversários. As informações foram repercutidas pelos sites Olhar Direto, MidiaNews, RDNews, Folha Max, O Documento, Repórter MT, 24 HorasNews e VGNews e Blog do Antero. Os jornais A Gazeta e Folha do Estado também deram publicidade à matéria publicada pelo Diário de Cuiabá.

O diretor-geral do Diário de Cuiabá, Gustavo Oliveira, disse ao HiperNoticias que a juíza Ana Cristina pode ter sido induzida ao erro pelos advogados das coligações “Viva Mato Grosso”, encabeçada por José Riva, e “Amor à Nossa Gente”, do petista Lúdio Cabral. “Os advogados da Vox Populi vão mostrar que não houve erro nenhum na pesquisa, tão logo eles provem isso, ela vai voltar atrás nessa decisão”.

Para o diretor de Redação do A Gazeta e versão online do periódico, Mauro Camargo, os veículos agiram com precaução ao atender a decisão da juíza em suspender a os resultados que foram repercutidos pelos dois meios de comunicação. Mauro afirma ainda que é legitimo o posicionamento da Justiça Eleitoral, e não vê nisso qualquer indício de censura à imprensa. 

Por outro lado, o diretor espera que a empresa realizadora da pesquisa dê uma explicação e prove a lisura das informações. “A nossa expectativa é que o instituto consiga mostrar tecnicamente que a pesquisa foi bem feita, que os dados estão certos, até por uma questão de confiabilidade da informação. O grande problema é que neste momento a Vox Populi tem a sua credibilidade maculada”, opinou Camargo.

Já o jornalista Romilson Dourado, proprietário do portal de noticias RDNews, vê com naturalidade a decisão da Justiça e também entende que não houve censura por parte do TRE. Ele explica ainda que os institutos de pesquisas precisam estar atentos para evitar falhas e cumprirem as exigências legais para a publicação das intenções de votos. “Um vacilo, uma informação que deixa de se publicar, ela compromete todos, inclusive nós que repercutimos as informações.

Romilson argumenta ainda que se houve uma falha técnica a Justiça fez o papel dela. Embora isso cause transtornos aos órgãos de comunicação. Ele menciona ainda que o Jornal possa ter cometido algum equivoco. “Talvez a falha possa ter ocorrido no próprio Diário de Cuiabá. A Vox Populi é uma empresa conceituada, um dos principais do país. Eles sabem como fazer pesquisas. Na hora de fazer os quadros, o Diário pode não ter se atentado para colocar todas as informações exigidas”, explicou.


Conforme divulgado primeiramente pelo jornal Diário de Cuiabá, na modalidade estimulada - aquele em que os nomes são apresentados ao entrevistado - ao governo do Estado, o senador Pedro Taques surge com 43% das intenções de votos. Em seguida vem o deputado estadual José Riva (PSD) com 18%, Lúdio Cabral com 12%. O candidato do PSOL, José Roberto, aparece com 3%, seguido por José Marcondes, o Muvuca, com 1%. Mas, a juíza Ana Cristina entendeu concedeu liminar determinando imediatamente a apreensão do material veiculado pela imprensa, sob pena de crime de desobediência.

Após a divulgação da pesquisa pelo Diário de Cuiabá, a coligação encabeçada pelo candidato ao Palácio Paiaguás Lúdio Cabral (PT), entrou com representação no TRE alegando suposta propagando ilícita baseada em resultados de pesquisa irregular. Com isso, a magistrada determinou a busca e apreensão de todo o material em que constava a pesquisa.

A coligação comandada pelo candidato José Riva (PSD) também obteve uma decisão favorável da Justiça, determinando a investigação dos dados da pesquisa.

 

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