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Expocáceres: "Marcinho Lacerda não deixou dívidas. Ao contrário, o Sindicato Rural é que deve a ele"
Por Diário de Cáceres/Clarice Navarro
18/08/2017 - 14:36

Foto: arquivo

Jeremias Pereira Leite, presidente do Sindicato Rural de Cáceres

 

 

 

Em coletiva realizada na manhã de hoje (18) no Sindicato Rural de Cáceres, com a presença de parte da diretoria, o presidente da entidade, Jeremias Pereira Leite, expôs os motivos pelos quais não será realizada este ano a Expocáceres, e entregou aos participantes uma cópia da nota de esclarecimento que informa sobre o assunto.

Jeremias lamentou, durante a entrevista, que o assunto tenha virado "futrica e fofoca" por meio de pessoas que, segundo ele, usaram a informação de maneira irresponsável. "Não gostaria de criar discussões hipotéticas. Em nenhum momento eu disse que a feira não aconteceria devido a dívidas, e muito menos, deixadas pelo ex-presidente Marcinho Lacerda. Informações devem ser reais e não distorcidas"-afirmou Jeremias, que nos seis útimos anos, nas duas gestões nas quais Marcinho Lacerda foi presidente, ocupou a posição de vice. "Aqui as decisões são tomadas pela diretoria, após os assuntos em pauta passarem por minuciosa análise. Eu não gostaria de tornar público assuntos internos da entidade, mas diante da proporção que teve a notícia divulgada, sem qualquer fundamento, e mentirosa, o que posso dizer, e acho necessário dizer, diverge bastante do que foi noticiado. Marcinho não deixou dívidas. Pelo contrário, o Sindicato Rural de Cáceres deve a ele. Quando foi necessário comprar a balança para o espaço dos leilões, e para a conclusão desse espaço, o sindicato não tinha dinheiro e Marcinho comprou com seu próprio dinheiro, e ainda não o recebeu de volta".

Jeremias informou ainda que o Sindicato Rural tem hoje três dívidas-duas com o Procon e uma com o Ecad, e todas estão judicializadas. "Estão sendo discutidas, pois não consideramos que devemos. São dívidas geradas em realização de exposições anteriores, que na verdade, são de responsabilidade das empresas que realizaram os shows artísticos".

Sobre a não realização da Expocáceres este ano, o Sindicato informa em nota que "a decisão foi tomada devido a grave crise econômica generalizada que afeta o país e, em especial, com as dificuldades impostas à atividade da bovinocultura em função da Operação CArne Fraca, delação premiada da JBS, fechamento de plantas frigoríficas e restrições impostas pelo mercado norte-americano.

A crise de agrava com a extinção da obrigatoriedade do pagamento da Contribuição Sindical Rural na reforma trabalhista. A realização de uma exposição agropecuária sempre depara com a cobrança de elevadas taxas, impostos, alvarás e autorizações, e ainda com os elevadíssimos valores cobrados pelos artistas eventualmente contratados. E ainda, há o fato da crise econômica ter diminuido severamente o poder de compra da popilação do município e região. Teríamos então que praticar preços inacessíveis ao público que sempre prestigiou nossas exposições neste mais de meio século de realização, o que seria injusto.

O Sindicato Rural de Cáceres está pensando em um novo modelo para a realização das próximas exposições, que deverá ser construído com patrocinadores e parceiros dos vários segmentos da agropecuária e demais instituições. Um modelo que tenha como foco central a tecnologia no agronegócio"-finaliza a nota.

O ex-presidente Marcinho Lacerda também participou da coletiva e lamentou a divulgação de informações mentirosas. "Hoje o Sindicato Rural de Cáceres é um sindicato modelo em Mato Grosso, com uma Parque de Exposições estruturado e bem cuidado, funcionários que recebem em dia, diretoria comprometida com a classe. Lamento muito o que houve e estou sempre a disposição para informações"-disse ele.

 

 

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