Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Filhos de ninguém
Por por Wilson Carlos Fuáh
23/07/2015 - 08:26

Foto: arquivo

Educar um filho é formá-lo para ser um cidadão respeitado e respeitador na vida social, esse sim é o principal objetivo dos pais, mas é uma tarefa muito difícil. Hoje os pais educam, mas os exemplos das ruas deseducam, os maus exemplos estão espalhados nas famílias e principal na roubalheira dos políticos, sem falar nas Telenovelas onde maus exemplos prosperam. 
Em alguns países as Leis são muito rígidas e aos procedimentos contra as crianças não tem limite, no Egito, por exemplo, um professor de tanto bater no aluno, acabou matando-o, mas qual o motivo? Foi na defesa pessoal? Não, foi porque o aluno não tinha feito à lição de casa.
Já em nosso país, vemos noticiários de agressões de professores no enfrentamento dos alunos com formação um pouco pior que um animal não adestrado, onde os alunos agridem os professores de forma animalesca, e dia-a-dia está aumentando mais as agressões físicas e até assassinatos contra professores. No inicio do século passado o sistema educacional no Brasil era muito rígido onde o professor imperava dentro da sala de aula. 
Ainda hoje vem em nossas lembranças, aquele bom tempo, em que antes do início das aulas os alunos eram obrigados a cantar o Hino Nacional em respeito à Nação e quando o professor entrava nas salas de aulas, todos os alunos ficavam de pé em respeito ao Mestre, até receber o “bom dia” e a autorização para sentar-se, e finalmente a educação foi se modernizando até chegar aos dias de hoje, onde professor ficou sem autoridade nenhuma.
Devido à luta pela sobrevivência e os pais ter que exercer as sua atividades profissionais e em função dos ossos do ofício, onde os filhos são criados pelos avós, ou em creches despreparadas, ou pelas empregadas domésticas ou pelo mundo de ninguém (ruas e traficantes), e essas situações são fatores que traduzem o que se tornou a “Vida Moderna Infantil”.
A formação familiar e religiosa passou a ser apenas um conceito ou uma tese, pois os pais não têm tempo para nada, são consumidos pela luta pela sobrevivência na competição no mercado de trabalho e a preciosa possibilidade de estabelecer o diálogo pautado na confiança, que deve existir entre pais e filhos, não existe pelo tempo exíguo, e nos momentos onde os membros da família se reunia em volta da mesa, (no mento sagrado da alimentação), que seria o momento propício para diálogo educativo, e que em épocas passadas eram momentos sagrados onde os pais ficavam sabendo das coisas que os filhos fizeram durante o dia e que eram os excelentes momentos também para orientá-los. 
A origem da violência nas ruas está na falta de responsabilidade, daqueles que geraram filhos e não lhe deram educação, mães que geram até 08 filhos de 08 pais diferentes e que não assumem a educação de nenhum, são filhos produtos das relações sexuais irresponsáveis financiadas pelas Bolsas Famílias. 
Esses filhos gerados pelos atos sexuais irresponsáveis estão nas páginas policiais, basta olharmos em nossa volta e vemos em cada semáforo crianças vendendo balas ou pedindo o seu auxílio, e muita vezes invertendo o papel no grande espetáculo da vida, passam a agir com muita violência e de posse de revolver em punho e lhe oferecendo uma bala que pode tira a sua vida. 
Não adianta diminuir a idade penal se os pais não assumirem integralmente a responsabilidade por ter gerado um filho, quem na verdade deveria ir para a cadeia?
Um pai irresponsável ou um menor abandonado?
Quem deveria ir para a cadeia seria os pais irresponsáveis, que produzem filhos em série para exercerem as atividades criminosas e violentas, porque já nasceram sem família, sem religião e por isso fazem parte do espetáculo do mundo dos delinquentes, não adianta diminuir a idade penal, seria combater o efeito e não a causa: se o médico quebrar o termômetro, com certeza não estancará a febre.

Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas. Fale com o Autor: wilsonfua@gmail.com

 

 

 

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