Diario de Cáceres | Compromisso com a informação
Morre Chico do Berrante
Por Diário de Cáceres com homenagem de Esdras Crepaldi
16/04/2015 - 12:53

Foto: G1 MT

Manoel Francisco da Silva, o Chico do Berrante, morreu ontem em Cáceres. Ele estava doente, com complicações após ter sido picado por uma cobra, na sua chácara, na rua do Lavapés.
 
Chico do Berrante tinha 75 anos, mais de 40 deles dedicado à confecção de berrantes. Como berranteiro, ganhou projeção nacional, sendo premiado no Festival de Barretos, no interior paulista
 
Há 14 anos, em 2001, Chico recebeu outra homenagem significativa, se apresentando com a Orquestra Sinfônica de Mato Grosso, na programação do aniversário de Cuiabá.
 

O velório está acontecendo na casa de sua filha Rosana Silva, no bairro Jardim Guanabara. O horário e local do sepultamento não foi informado.

 

Ode a Chico do Berrante.

Silencia a alma pantaneira, cala-se o som do berrante, faleceu Chico do Berrante.Um cacerense que amava sua terra. Que cultuava suas raízes , e que através do seu talento e do seu inseparável berrante, apresentou sua arte e seu dom para o Brasil e para o mundo, tendo inclusive, se apresentando nos Estados Unidos, onde o Texas parou para ouvir as notas e canções do seu berrante. Com seu jeito simples de homem do pantanal, nas suas exibições e pastoreios, na lida com o gado, sua grande paixão e inspiração, tinha orgulho da sua história e a alegria de ter nascido neste rincão de Mato Grosso. Homem íntegro, de muitos amigos e eternos discípulos. Poeta das comitivas e vaquejadas. Tocava seu berrante como quem recitava a vida e embalava os dias nos campos orvalhados de cultura pantaneira. Notas musicais ecoavam nas matas, saiam do berrante deste homem autodidata , que escreveu versos ao som das boiadas. Que nas noites de retiro, se juntava aos peões e se aquecia nas fogueiras acesas com acordes do seu recital. Encantou gerações com suas obras, com sua capacidade de ser autêntico. Sorriso gostoso e alma boa, espontaneidade do seu ser. Quando cansava produzia artesanatos com materiais da sua cumplicidade de vida, o gado. Usava o couro , as patas, o chifre, e dalí surgiam diferentes musicalidades. Deixa concertos e canções. Um solo que volta ao chão. Poesia da sua essência, rastros de uma vida,marcas de uma saudade. Uma grande lacuna que jamais será preenchida. Descanse em paz, Chico, e com seu berrante alegre os céus e com sua magia  promova uma sonata de anjos. 
Esdras Crepaldi

 

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