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Delegacia da Mulher investiga morte de mulher que foi espancada pelo amásio
Por Diário de Cáceres
26/02/2015 - 20:32

Foto: ilustrativa

A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cáceres, está investigando a morte da aposentada Renilda Francisca Vieira da Silva, de 43 anos, supostamente vítima de agressão praticada por seu companheiro, um rapaz de 23 anos. No dia 15 deste mês, a vítima chegou a casa de sua mãe, localizada no bairro Jardim Padre Paulo, bastante machucada e se queixando de dores. Sua irmã relatou à reportagem que ela ficou cinco dias na cama, chorando dia e noite. A mãe pedia para que ela procurasse ajuda, mas ela se negava, afirmando que “não queria procurar a polícia, porque se procurasse, o agressor iria matar seus filhos”. Além da tortura física, ela era ameaçada.

Renilda se aposentou jovem porque sofria de transtornos mentais. “Ela foi diagnosticada com uma mancha no cérebro e ficou um bom tempo internada no Hospital Adauto Botelho,  em Cuiabá”-contou a irmã. “Ela deixou três filhos,  todos maiores”.

Ao se envolver com o jovem, Renilda foi morar na casa dele, no bairro Massa Barro. Várias vezes voltou à casa da mãe, depois de ser espancada. “Mas quando chegava perto da data em que ela recebia a aposentadoria, ele ia busca-la. Adulava, a chamava de “amorzinho”, e ela acabava voltando. Então ele a levava ao banco, e a aposentadoria ficava com ele, que é usuário de drogas. Pelo que sabemos, antes ele morava com a mãe, que fugiu da casa pois também era espancada. Ele vivia da aposentadoria da minha irmã, e quando o dinheiro acabava, vinham as agressões”-disse a irmã da vítima.

Na Delegacia da Mulher, a vítima registrou dois boletins de ocorrência, ambos por lesão corporal e ameaças. Um no dia 05 de dezembro de 2013 e outro no dia 28 de fevereiro de 2014. “Mas ela não levava a queixa adiante. Tinha muito medo”-diz a irmã.

No dia 19, após almoçar, Renilda voltou para a cama e dormiu. Como demorava a acordar e a mãe não estava nem ouvindo seus gemidos, foi ver o que estava acontecendo. Ela estava morta. Inicialmente o caso foi tratado como morte natural. A funerária levou o corpo até o Pronto Atendimento Municipal, para que o médico pudesse atestar  o óbito. No entanto, ao ver o corpo, o médico plantonista do PAM o encaminhou para o Instituto Médico Legal, para que fosse feita a autópsia. A causa da morte está como  ‘indeterminada’ e foram coletadas amostras de sangue e de um fluído que saia dos ouvidos da vítima, para exames que serão feitos em Cuiabá e deverão demorar trinta dias para ficar prontos.

Renilda tinha marcas de perfuração na  cabeça,  queimaduras de cigarro pelo corpo, hematomas por todo o corpo e machucados nas coxas. O inquérito que apura os fatos foi instaurado no dia 23. A Polícia informa que o caso está sob investigação. A mãe da vítima foi ouvida e o suspeito está sendo procurado. No B.O., consta apenas um nome, de Adauto da Costa, como o suspeito pelos espancamentos que resultaram na morte de Renilda.

 

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